terça-feira, 21 de julho de 2009

" Osun, mãe da clareza
Graça clara
Mãe da Clareza
Enfeita filhos com bronze
Fabrica fortunas na água
Cria crianças no rio
Brinca com seus braceletes
Colhe e acolhe segredos
Cava e encova cobres na areia
Fêmia força que não se afronta
Fêmia de quem macho foge
Na água funda se assenta profunda
Na fundura da água que corre
Osun do seio cheio
Ora Ieiê, me proteja
És o que tenho -
Me receba."













2 comentários:

  1. Sobre o texto Casa de Axé
    O candomblé certamente tem muitos resquícios da escravidão. Isto é fato. Assimilamos muito do colonizador e sempre cometemos equívocos que a história nos legou como propriedade simbólica.É fato também que a compreensão afro do ebòmi é aquela que, por ter mais experiência da vida religiosa (ou não), pode ensinar melhor aquilo que aprendeu durante este tempo. Compreender este aspecto da religião é indiscutivelmente necessário para que não caiamos na tentação de vermos o mundo a partir daquilo que nós pensamos apenas. Como lidar com a hierarquia com estes aspectos da colonização? O que podemos apreender de positivo desta experiência para a nossa vida? De que maneira podemos entender esta realidade posta sem um sentimento de revolta, mas de indignação? Quais são os exemplos que estamos dando para que esta mudança ocorra? Mudar uma realidade como esta requer conhecimento teórico da história, da antropologia, da sociologia, etc. Não se muda o mundo por ressentimento, mas por indignação, pelo conhecimento, pela capacidade de convivência com aquilo que é diferente de nós.
    Parabéns pela escolha do tema. É um momento para aprofundarmos estas questões.
    Oraiê iê, Oxum!

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  2. Sobre o texto casa de Ase
    Gostei muito do seu tema. e concordo com muitas coisas. certamente o jeito de ver e viver o Candomblé hoje em dia esta aquem dos da origem,mas como não sabemos ao certo por experiencia como foi de fato no principio. vivamos tentando mudar estes papeis que poder rasurar o imagem do Candomble hoje. Existem muitas pessoas que se valem do poder para diser o que suas proprias cabeças sentem, não estão ligados inteiramente com as forças do Orun. mas deixamos estas pessoas de lado e passemos para fazer a mudança. isso sim é, e deve ser o inicio de uma mudança para melhor. Obrigado pelo espaço e que sua mãe possa te conceder cada vez mais sabedoria para levar a bandeira do Candomblé sem manchas do passado, isso que nos torna indiginados. Salve os doces filhos de Oxun, salve esta soberana Rainha.

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